segunda-feira, 8 de março de 2010

PARA O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

O poema que segue fiz há muito tempo para uma mulher e dedico a todas as mulheres do nosso planeta.



Quem é esta mulher de olhar translúcido/

Por quem me apaixonei e fiquei perplexo/

Deixando, vez por outra, meu espírito estúpido/

E toda a razão e lucidez sem nexo?



Quem é esta princesa de pintura estética/

Fitando as pessoas de maneira mágica/

Imponente, segura, altiva e enérgica/

Certa, consciente do que é capaz a plástica?



Por que mira tão penetrante a máquina/

Como se estivesse desafiando a lógica?

A câmara registra sua imagem extática/

Tornando, assim, sua beleza histórica.



No fundo aparece, escura, a paisagem estática/

Despercebida, sem explicação cinética/

No entanto que ciência, teórica ou prática/

Responde ao movimento desta mulher da América?



Este impulso tem, de fato, justificação científica/

Longe dos tolos devaneios da poesia métrica/

Certamente que o comprovaria a Física/

Contundo, é mais fácil a comprovação genética.



Amo-te mulher minha, pouco importa a ciência/

Deslumbra-me tua face, e esquecendo a ética/

Louco, apressado, um herói sem paciência/

Sigo em busca de tua composição simétrica

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