O poema que segue fiz há muito tempo para uma mulher e dedico a todas as mulheres do nosso planeta.
Quem é esta mulher de olhar translúcido/
Por quem me apaixonei e fiquei perplexo/
Deixando, vez por outra, meu espírito estúpido/
E toda a razão e lucidez sem nexo?
Quem é esta princesa de pintura estética/
Fitando as pessoas de maneira mágica/
Imponente, segura, altiva e enérgica/
Certa, consciente do que é capaz a plástica?
Por que mira tão penetrante a máquina/
Como se estivesse desafiando a lógica?
A câmara registra sua imagem extática/
Tornando, assim, sua beleza histórica.
No fundo aparece, escura, a paisagem estática/
Despercebida, sem explicação cinética/
No entanto que ciência, teórica ou prática/
Responde ao movimento desta mulher da América?
Este impulso tem, de fato, justificação científica/
Longe dos tolos devaneios da poesia métrica/
Certamente que o comprovaria a Física/
Contundo, é mais fácil a comprovação genética.
Amo-te mulher minha, pouco importa a ciência/
Deslumbra-me tua face, e esquecendo a ética/
Louco, apressado, um herói sem paciência/
Sigo em busca de tua composição simétrica
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