Beirando o lendário rio São Francisco, Piranhas é um achado pitoresco que se pode comparar com as pérolas históricas mineiras. A Fran, que nunca esteve na cidade do sertão alagoano, cotejou-a, assim que viu a parte baixa, com a famosa Tiradentes. O que me impressionou, todavia, foi a estrutura dos bares e restaurantes em uma rua do Centro, o cuidado com o casario, o Café da Torre, o museu com histórias do cangaço, e os músicos do grupo Armorial, um movimento criado por Ariano Suassuna que encontrou, sob a batuta de um professor de música da Universidade Federal de Pernambuco, os talentos jovens do município, os quais se integram, ainda, a um coral e a uma filarmônica, uma excelente fórmula de dar-lhes profissão, afastando-os da marginalidade. Nem parece Alagoas.
Mas, Piranhas vale a pena ser conhecida também pela exuberância da natureza, os canyons alagoanos – e não de Sergipe – e as montanhas que comprimem o grande rio completam o cenário de um local bucólico. Em palestra que proferi por ocasião do I Encontro Jurídico Nacional de Entidades Representativas de Servidores do Judiciário dos Estados, organizado pelo SERJAL, não tive dúvidas de que a cidade pode e deve se preparar para eventos como este e outros de maior envergadura. Seu desenho urbano é ideal para maior entrosamento entre os congressistas e, com mais hotéis de porte é possível apostar no turismo nacional.